O Brasil tem 190.755.799 habitantes. É o que constata a
Sinopse do Censo Demográfico 2010, que contém os primeiros resultados
definitivos do XII Recenseamento Geral do Brasil. A publicação oferece
uma série de informações, desde o primeiro Censo, realizado em 1872,
sobre a evolução demográfica do País, dados populacionais por sexo e
grupos de idade, média de moradores em domicílios particulares ocupados e
número de domicílios recenseados, segundo a espécie (ocupados, vagos,
fechados, uso ocasional, coletivos) e situação urbana e rural. A
publicação impressa é acompanhada por um CD-ROM onde as informações
estão em níveis geográficos mais detalhados: Unidades da Federação,
municípios, distritos e Regiões Metropolitanas. Também contém 21 tabelas
com alguns resultados preliminares do Conjunto Universo do Censo 2010
para as Grandes Regiões e Unidades da Federação, com a população por cor
ou raça, pessoas responsáveis pelos domicílios particulares, cônjuges
das pessoas responsáveis pelos domicílios particulares, existência de
compartilhamento da responsabilidade pelo domicílio, pessoas com
registro de nascimento em cartório, alfabetização, rendimento
domiciliar, mortalidade e algumas características dos domicílios
particulares permanentes.
O Censo 2010 compreendeu um levantamento minucioso de todos os domicílios do país. Nos meses de coleta de dados e supervisão, 191 mil recenseadores visitaram 67,6 milhões de domicílios nos 5.565 municípios brasileiros para colher informações sobre quem somos, quanto somos, onde estamos e como vivemos.
O Censo 2010 compreendeu um levantamento minucioso de todos os domicílios do país. Nos meses de coleta de dados e supervisão, 191 mil recenseadores visitaram 67,6 milhões de domicílios nos 5.565 municípios brasileiros para colher informações sobre quem somos, quanto somos, onde estamos e como vivemos.
Os primeiros resultados definitivos, divulgados em novembro, apontaram uma população formada por 190.732.694 pessoas.
Em abril de 2011, mais resultados chegam ao
conhecimento do público com a divulgação da Sinopse do Censo
Demográfico, com informações sobre domicílios recenseados, segundo a
espécie, e população residente, segundo as Unidades da Federação e
municípios. Os próximos resultados serão divulgados no decorrer de 2011 e 2012.
Nos próximos meses, o IBGE divulgará novos dados
do Censo de 2010 sobre a estrutura territorial do País, a malha dos
setores censitários e novas informações sociais, econômicas,
demográficas e domiciliares referentes aos dados do universo, conforme
pode ser conferido no calendário de divulgações: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/calendario.shtm
A publicação completa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default_sinopse.shtm O hotsite www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse disponibiliza tabelas e gráficos variados até o nível de município. Por fim, no link www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice há uma ferramenta de consulta dos resultados que pode ser implementada em qualquer site.
A seguir alguns destaques da Sinopse do Censo Demográfico 2010.
Censo visitou 67,5 milhões de domicílios em 5.565 municípios
O Censo Demográfico é a mais complexa operação
estatística realizada por um país, sobretudo quando ele tem dimensões
continentais como o Brasil, com 8.515.692,27 km²,
distribuídos em um território heterogêneo, muitas vezes de difícil
acesso, composto por 27 Unidades da Federação e 5.565 municípios.
Trabalharam nessa operação 230 mil pessoas, sendo 191 mil recenseadores.
Foram investidos R$ 1,2 bilhão durante o ano de 2010, o equivalente a quatro dólares por habitante.
Os recenseadores visitaram 67,5 milhões de domicílios no período de 1º de agosto a 31 de outubro
de 2010 e ao menos um morador forneceu informações sobre todos os
moradores de cada residência. Os primeiros resultados sobre a população
dos municípios foram divulgados no Diário Oficial da União de 4 de novembro
de 2010, e as prefeituras tiveram 20 dias para apresentar suas
avaliações sobre os números divulgados. O IBGE realizou nesse mesmo
período um trabalho de supervisão e controle de qualidade de todo
material coletado, em conjunto com as Comissões Censitárias Estaduais
(CCE) e as Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE), que
funcionaram como um canal de comunicação entre o IBGE e a sociedade e
participaram de todo o processo de realização do Censo.
Em 29 de novembro de 2010, o IBGE
divulgou as populações dos municípios, que indicavam uma população de
190.732.694, 23.105 pessoas a menos que o resultado definitivo agora
divulgado. Isso ocorre porque esses resultados eram provenientes de um
banco de dados resumo e receberam um tratamento de validação para
verificar eventuais omissões e duplicidades na transmissão das
informações. Além disso, municípios com áreas indígenas como, por
exemplo, São Gabriel da Cachoeira (AM) e Boca do Acre (AM), de difícil
acesso e onde a transmissão dos dados é mais complexa, registraram
acréscimo de população depois do fim da coleta.
Para alcançar os melhores padrões de qualidade no
Censo 2010, o IBGE introduziu várias inovações gerenciais, metodológicas
e tecnológicas, com destaque para a atualização da base territorial
digital, a adoção do computador de mão equipado com GPS para a coleta
dos dados, e a internet como alternativa para preenchimento do
questionário. As inovações tecnológicas usadas no Censo 2010, o primeiro
no mundo a ser feito de forma totalmente digital, levaram o IBGE a ser um dos dez premiados, em fevereiro de 2011, pela Unesco e a Netexplorateur, ONG francesa pelo desenvolvimento da sociedade digital.
899 mil domicílios tiveram sua população estimada em 2010
Do total dos 67,5 milhões de domicílios recenseados, foram realizadas entrevistas em 56,5 milhões de domicílios (83,7%). Foram classificados como fechados
899 mil domicílios (1,3%), nos quais não foi possível realizar as
entrevistas, mas havia evidências de que existiam moradores. Nesses
casos, após terminar a coleta e as supervisões de campo, o IBGE utilizou
uma metodologia para estimar o número de pessoas residentes nos
domicílios fechados. Esta prática é adotada por vários Institutos
Oficiais de Estatística de países como Estados Unidos, Canadá,
Austrália, México e Reino Unido, e já havia sido utilizada na Contagem
da População 2007 realizada pelo IBGE.
A metodologia para estimar o número de pessoas
residentes nos domicílios fechados consiste em atribuir a cada domicílio
fechado o número de moradores de outro domicílio, que havia sido
inicialmente considerado fechado e depois foi recenseado. A escolha é
aleatória, levando em conta a Unidade da Federação, o tamanho da
população do município e a situação urbana ou rural. A população total
estimada no Censo 2010 por esse procedimento é de 2.795.533 pessoas.
Ao se realizar comparações dos dados populacionais de
2010 com os anos anteriores, será necessário observar que no Censo
2010, pela primeira vez, foi utilizada a estimação dos moradores de
domicílios fechados.
O Censo Demográfico 2010 também encontrou 6,1 milhões (9,0%) de domicílios vagos, ou
seja, domicílios que não tinham morador na data de referência (noite de
31 de julho para 1º de agosto de 2010), mesmo que, posteriormente,
tivessem sido ocupados. Prédios construídos mas não habitados, casas
colocadas à venda ou para aluguel são exemplos de domicílios vagos.
Os domicílios de uso ocasional, que
somaram 3,9 milhões (5,8%), são aqueles que servem ocasionalmente de
moradia, usados para descanso de fins de semana, férias ou outra
finalidade.
Já o número de domicílios coletivos
(hotéis, pensões, presídios, quartéis, postos militares, asilos,
orfanatos, conventos, alojamento de trabalhadores etc.) foi de 110 mil
(0,1%).
Em 2000, do total de 54,3 milhões de domicílios, 45
milhões eram ocupados, 528 mil fechados, 6 milhões vagos e 2,7 milhões
de uso ocasional.
População brasileira cresce quase 20 vezes desde 1872
A população do Brasil alcançou a marca de 190.755.799
habitantes na data de referência do Censo Demográfico 2010 (noite de 31
de julho para 1º de agosto de 2010). A série de censos brasileiros
mostra que a população experimentou sucessivos aumentos em seu
contingente, tendo crescido quase vinte vezes desde o primeiro
recenseamento realizado no Brasil, em 1872, quando tinha 9.930.478 habitantes.
Até a década de 1940, predominavam altos níveis de
fecundidade e mortalidade no País. Com a diminuição desta última em
meados dos anos 1940 e a manutenção dos altos níveis de fecundidade, o
ritmo do crescimento populacional brasileiro evoluiu para quase 3,0% ao
ano na década de 1950. No começo dos anos 60, os níveis de fecundidade
começaram lentamente a declinar, queda que se acentuou na década
seguinte. Esse fato fez com que as taxas médias geométricas de
crescimento anual da população subsequentes também caíssem. Em
comparação com o Censo 2000, a população do Brasil apresentou um
crescimento relativo de 12,3%, o que resulta em um crescimento médio
geométrico anual de 1,17%, a menor taxa observada na série em análise:
Regiões Norte e Centro-Oeste apresentam maior crescimento populacional
Entre 2000 e 2010, o crescimento populacional
não se deu de maneira uniforme entre as Grandes Regiões e Unidades da
Federação. As maiores taxas médias geométricas de crescimento anual
foram observadas nas regiões Norte (2,09%) e Centro-Oeste (1,91%), onde a
componente migratória e a maior fecundidade contribuiram para o
crescimento diferencial. As dez Unidades da Federação que mais
aumentaram suas populações em termos relativos se encontram nessas duas
regiões, com destaque para Amapá e Roraima, que apresentaram um
crescimento médio anual de 3,45% e 3,34%, respectivamente. As regiões
Nordeste (1,07%) e Sudeste (1,05%) apresentaram um crescimento
populacional semelhante. A região Sul (0,87%), que desde o Censo de 1970
vinha apresentando crescimento anual de cerca de 1,4%, foi a que menos
cresceu, influenciada pelas baixas taxas observadas no Rio Grande do Sul
(0,49%) e no Paraná (0,89%).
Por deter o maior contingente populacional, o Sudeste foi responsável pela maior parcela do incremento populacional
em termos absolutos, tendo absorvido 37,9% do crescimento total do País
entre os dois últimos censos. O segundo lugar em importância
correspondeu ao Nordeste, cujo peso no incremento populacional entre
2000 e 2010 alcançou 25,5%. Essas duas regiões detiveram 63,4% (13,3
milhões de pessoas) do total do incremento da população na última
década. As Unidades da Federação com maior participação absoluta no
crescimento populacional do País na década passada foram São Paulo
(20,2% do incremento populacional, ou 4,2 milhões de pessoas), Minas
Gerais (8,1%, ou 1,7 milhão), Rio de Janeiro (7,6%, ou 1,6 milhão), Pará
(6,6%, ou 1,4 milhão) e Ceará (4,9%, ou 1,0 milhão). Estas duas últimas
assumiram os postos que na década anterior eram de Bahia e Paraná.
As regiões mais populosas foram a
Sudeste (com 42,1% da população brasileira), Nordeste (27,8%) e Sul
(14,4%). Norte (8,3%) e Centro-Oeste (7,4%) continuam aumentando a
representatividade no crescimento populacional, enquanto as demais
regiões mantêm a tendência histórica de declínio em sua participação
nacional.
Os estados mais populosos do Brasil –
São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e
Paraná – concentram, em conjunto, 58,7% da população total do País. São
Paulo é o estado com a maior concentração municipal de população, onde
os 32 maiores municípios (5,0%) concentram quase 60,0% dos moradores do
estado. A menor concentração acontece no Maranhão, onde a população dos
11 maiores municípios, que também representam cerca de 5,0%, corresponde
a 35,4% do total do estado.
Na década de 2000, foram criados 58 novos municípios
No Censo Demográfico 2010 foram pesquisados 5.565
municípios, que tiveram sua participação relativa nas regiões Nordeste
(32,2%), Sudeste (30,0%) e Norte (8,1%) inferior àquela calculada com os
5.507 municípios existentes no Censo Demográfico 2000. As Regiões Sul
(21,3%) e Centro-Oeste (8,4%) aumentaram suas participações no número de
municípios do País, já que na última década foram justamente essas
regiões as mais contempladas com novos municípios. A Região Sul teve um incremento de 29 municípios (todos eles no Rio Grande do Sul), enquanto no Centro-Oeste surgiram 20 novos municípios no período de 2000 a 2010, sendo 15 deles no Mato Grosso.
Entre os municípios mais populosos, 15 apresentaram
população superior a 1 milhão de habitantes, contra 13 em 2000. Somente
este grupo reunia 40,2 milhões de pessoas em 2010, o que corresponde a
21,1% da população total do País. Os três municípios mais populosos
continuaram sendo São Paulo (11.253.503 habitantes), Rio de Janeiro
(6.320.446) e Salvador (2.675.656). Belo Horizonte (2.375.151) passou a
ser o sexto mais populoso em 2010, sendo superado por Brasília
(2.570.160) e Fortaleza (2.452.185).
Entre os 15 municípios com mais de 1 milhão de
habitantes, os que mais cresceram em dez anos foram Manaus (1.802.014
pessoas em 2010), que com uma taxa de 2,51% ao ano, passou de nono para
sétimo mais populoso; e Brasília (2.570.160), que passou de sexto para
quarto, com um crescimento médio anual de 2,28%. Porto Alegre (1.409.351
pessoas) foi o município que menos cresceu nesse grupo, com incremento
anual de apenas 0,35% ao ano.
As capitais das regiões Norte e
Nordeste cresceram mais que os demais municípios de suas respectivas
Unidades da Federação, com exceção do Pará, Maranhão, Rio Grande do
Norte e Pernambuco. A maior diferença entre as taxas médias geométricas
de crescimento anual foi observada no Tocantins, onde Palmas – a capital
que mais cresceu no Brasil – apresentou uma taxa de 5,21%, enquanto os
demais municípios do estado cresceram 1,25% ao ano. Na Região Sul,
Curitiba e Florianópolis cresceram mais que o conjunto dos demais
municípios de seus estados, enquanto Porto Alegre – capital com o menor
crescimento populacional, de 0,35% ao ano – cresceu menos que os outros
municípios do Rio Grande do Sul (também o menor crescimento entre o
grupo dos demais municípios, de 0,51%). Na Região Centro-Oeste, com
exceção do Mato Grosso do Sul, o crescimento dos municípios das capitais
foi menor que o dos demais municípios, ocorrendo o mesmo em todos os
estados do Sudeste.
Maranhão, Piauí e Pará apresentam os menores graus de urbanização
O acréscimo de quase 23 milhões de habitantes urbanos resultou no aumento do grau de urbanização, que passou de 81,2% em 2000, para 84,4% em 2010. Esse incremento foi causado pelo próprio crescimento vegetativo nas áreas urbanas, além das migrações com destino urbano.
Os critérios adotados para subdividir o espaço
territorial brasileiro em áreas urbanas e rurais são baseados nas
legislações de cada município brasileiro. As áreas urbanas são áreas
internas ao perímetro urbano de uma cidade ou vila, sendo este perímetro
definido por lei municipal. As áreas rurais são as áreas externas aos
perímetros urbanos, que também são definidas po lei municipal.
Dentro de um perímetro urbano definido em lei
municipal, podem existir áreas urbanizadas, áreas não urbanizadas e até
mesmo áreas urbanas isoladas. Estas últimas são caracterizadas por serem
separadas da sede municipal, ou distrital, por uma área rural ou por
outro limite legal. Da mesma forma, as áreas rurais podem ser
classificadas como aglomerados rurais de extensão urbana, povoados,
núcleos ou outros aglomerados, todos eles também definidos por
legislação municipal.
A região Sudeste continua sendo a mais urbanizada do
Brasil, apresentando um grau de urbanização de 92,9%, seguida pelas
regiões Centro-Oeste (88,8%) e Sul (84,9%), enquanto as regiões Norte
(73,5%) e Nordeste (73,1%) têm mais de 1/4 dos seus habitantes vivendo
em áreas rurais. Rio de Janeiro (96,7%), Distrito Federal (96,6%) e São
Paulo (95,9%) são as Unidades da Federação com maiores graus de
urbanização. Os estados que possuem os menores percentuais de população
vivendo em áreas urbanas estão concentrados nas regiões Norte e
Nordeste, sendo que Maranhão (63,1%), Piauí (65,8%) e Pará (68,5%)
apresentam os índices abaixo de 70%.
País tem 96 homens para cada 100 mulheres
Segundo o Censo Demográfico 2010, há no Brasil uma relação de 96,0 homens para cada 100 mulheres, como resultado de um excedente de 3.941.819 mulheres
em relação ao número total de homens. Com este resultado, acentuou-se a
tendência histórica de predominância feminina na população do Brasil,
já que em 2000 o indicador era de 96,9 homens para cada 100 mulheres.
A região Norte é a única que
apresenta o número de homens superior ao de mulheres (relação de 101,8
para cada 100), sendo que todos os seus estados apresentam também razão
de sexo superior a 100%. Nas demais regiões, as razões de sexos são as
seguintes: Centro-Oeste, 98,6 homens para cada 100 mulheres; Sul, 96,3 homens para cada 100 mulheres; Nordeste, 95,3 homens para cada 100 mulheres respectivamente; e Sudeste, 94,6 homens para cada 100 mulheres.
Entre os estados, a maior razão de
sexo está em Mato Grosso, com 104,3 homens para cada 100 mulheres. A
Unidade da Federação que apresenta a menor razão de sexo é o Rio de
Janeiro: 91,2 homens para cada 100 mulheres. Com exceção do Amazonas,
todas as Unidades da Federação apresentam queda na razão de sexos entre
2000 e 2010.
Embora no conjunto da população do Brasil haja o predomínio feminino, em mais de 60,0% dos municípios observa-se um superávit masculino,
fato decorrente das correntes migratórias. Entretanto tal predominância
ocorre em municípios menos populosos. Cerca de 80,0% dos municípios com
menos de 5.000 habitantes possuem mais homens do que mulheres em suas
populações, ao passo que em todos os municípios com mais de 500 mil
habitantes o número de mulheres é superior ao de homens.
Diminui a proporção de jovens e aumenta a de idosos
A representatividade dos grupos etários no total da
população em 2010 é menor que a observada em 2000 para todas as faixas
com idade até 25 anos, ao passo que os demais grupos etários aumentaram suas participações na última década. O grupo de crianças de zero a quatro anos
do sexo masculino, por exemplo, representava 5,7% da população total em
1991, enquanto o feminino representava 5,5%. Em 2000, estes percentuais
caíram para 4,9% e 4,7%, chegando a 3,7% e 3,6% em 2010.
Simultaneamente, o alargamento do topo da pirâmide etária pode ser
observado pelo crescimento da participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991, passando a 5,9% em 2000 e chegando a 7,4% em 2010.
Os grupos etários de menores de 20 anos já apresentam
uma diminuição absoluta no seu contingente. O crescimento absoluto da
população do Brasil nestes últimos dez anos se deu principalmente em
função do crescimento da população adulta, com destaque também para o
aumento da participação da população idosa.
A região Norte, apesar do contínuo
envelhecimento observado nas duas últimas décadas, ainda apresenta uma
estrutura bastante jovem, devido aos altos níveis de fecundidade no
passado. Nessa região, a população de crianças menores de 5 anos, que
era de 14,3% em 1991, caiu para 12,7% em 2000, chegando a 9,8% em 2010.
Já a proporção de idosos de 65 anos ou mais passou de 3,0% em 1991 e
3,6% em 2000 para 4,6% em 2010. A região Nordeste ainda
tem, igualmente, características de uma população jovem. As crianças
menores de 5 anos em 1991 correspondiam a 12,8% da população; em 2000
esse valor caiu para 10,6%, chegando a 8,0% em 2010. Já a proporção de
idosos passou de 5,1% em 1991 a 5,8% em 2000 e 7,2% em 2010.
Sudeste e Sul
apresentam evolução semelhante da estrutura etária, mantendo-se como as
duas regiões mais envelhecidas do País. As duas tinham em 2010 8,1% da
população formada por idosos com 65 anos ou mais, enquanto a proporção
de crianças menores de 5 anos era, respectivamente, de 6,5% e 6,4%.
A região Centro-Oeste apresenta uma
estrutura etária e uma evolução semelhantes às do conjunto da população
do Brasil. O percentual de crianças menores de 5 anos em 2010 chegou a
7,6%, valor que era de 11,5% em 1991 e 9,8% em 2000. A população de
idosos teve um crescimento, passando de 3,3% em 1991, para 4,3% em 2000 e
5,8% em 2010.
Média de moradores por domicílio cai para 3,3
No Brasil, a densidade domiciliar,
relação entre as pessoas moradoras nos domicílios particulares ocupados e
o número de domicílios particulares ocupados, apresentou um declínio de
13,2% no último período censitário, mais acentuado que os 9,6%
observados entre os Censos de 1991 e 2000, passando de 3,8, em 2000, para 3,3, em 2010. Esse comportamento persistiu tanto na área urbana quanto na área rural.
A região Norte tem a maior densidade domiciliar, enquanto a Sul
apresenta a menor, sendo que a tendência de declínio é uma
característica geral e está diretamente relacionada à redução da
fecundidade. Das cinco regiões, apenas a Norte apresenta média de moradores por domicílio igual a 4,0. Nas demais, esse valor já se situa entre os 3,1 da região Sul e os 3,5 do Nordeste. No contexto estadual, as médias oscilam entre 3,0, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, e 4,3, nos estados do Amazonas e Amapá.
Calendário das próximas divulgações do Censo Demográfico 2010
Fonte: IBGE